Após a
recessão mundial causada pela falência da empresa americana Lehman Brothers em
2008, muitas empresa japonesas demitiram muitos funcionários nipo-brasileiros.
Esta medida tomada foi criticada até
pelo povo japonês que ficaram com pena de ver muitos nipo-brasileiros perderem
empregos por força maior. Entretanto, na verdade, quem foi demitido naquela
ocasião não foi só nipo-brasileiros, mas também os funcionários japoneses sem
carteiras assinadas.
Quando a bolsa de ações de tóquio caiu
no início dos anos 90, a economia japonesa piorou radicalmente em pouco tempo.
E o governo japonês precisava mudar muitas coisas do mercado de trabalho para
conseguir competitividade, o que estava comprometida pela globalização.
Uma das medidas tomadas que se destacou
foi ampliar áreas de profissão nas quais as empresas podem contratar pessoas
temporariamente sem carteiras assinadas. Através desta medida as empresas
grandes conseguiram diminuir o custo para fabricar o produto graças a mão de
obra mais barato. Por outro lado, aquelas pessoas sem emprego também
desfrutaram dessa mudança da contratação e conseguiram empregos.
Quando a economia japonesa estava
indo bem, este sistema novo favoreceu tanto empreendedores quanto empregados.
Entretanto, uma vez que a economia japonesa piorou, muitas empresas japonesas
demitiram esses funcionários temporários para conseguir equilibrar o balancete
da empresa, sem se preocupar com as vidas das pessoas desempregadas.
Há dois tipos de classificações em
relação aos funcionários no Japão atualmente : um é funcionário com carteira
assinada ( seishyain ) e outro é funcionário sem carteira assinada ( hi-seishyain ).
Entretanto, há outras designações
para os dois : Seishain é Kachi-gumi que significa grupo de vencedores e Hi-seishain é
Make-gumi que significa grupo de derrotados.
Como aqui no Brasil, por um lado,
Kachigumi tem estabilidade financeira e salário mais alto, por outro lado,
Makegumi não tem estabilidade nem salário alto. Aliás, os funcionários que
pertencem a Makegumi podem ser demitidos a qualquer momento.
Na verdade,os nipos-brasileiros foram
a primeiros alvos a ser demitidos por causa desse sistema de contratação introduzido
no final dos anos 90 no Japão, quando ocorreu a crise econômica em 2008. A
crise era tão grave que muitos japoneses também foram demitidos logo depois.
Antigamente a grande maioria do povo
japonês pertencia à classe média. A proporção das pessoas que pertenciam à
classe alta e à classe baixa era bem pouco. Porém, esse quadro de classes
sociais mudou completamente de 15 anos para cá.
O Japão deixou de ser aquele país
que tem a menor desigualdade social.
Ao contrário da situação no Japão,
parece que a desigualdade social no Brasil está diminuindo cada vez mais graças
ao bom desempenho da economia brasileira. Entretanto, como o Brasil foi um dos
país que tem a maior desigualdade social do mundo, apenas pode-se dizer que o
problema ficou menos pior.
Acho que todos os pais têm fases
prósperos e fases decadentes que nem pessoas que têm fases bons e fases ruins
ao longo da vida.
Neste momento, o Japão está
enfrentando a maior crise causada pelo maior terremoto nos últimos cem anos. Acredito
que o Japão está na pior fase após a derrota na segunda guerra mundial.
Entretanto, com certeza absoluta, o
Japão vai se revitalizar com esforços e dedicação do povo japonês. Eu acredito
nisso do meu fundo do coração.
;)
;)