sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Japão deixou de ser país que tem a menor desigualdade social!?



  Após a recessão mundial causada pela falência da empresa americana Lehman Brothers em 2008, muitas empresa japonesas demitiram muitos funcionários nipo-brasileiros.

 Esta medida tomada foi criticada até pelo povo japonês que ficaram com pena de ver muitos nipo-brasileiros perderem empregos por força maior. Entretanto, na verdade, quem foi demitido naquela ocasião não foi só nipo-brasileiros, mas também os funcionários japoneses sem carteiras assinadas.

 Quando a bolsa de ações de tóquio caiu no início dos anos 90, a economia japonesa piorou radicalmente em pouco tempo. E o governo japonês precisava mudar muitas coisas do mercado de trabalho para conseguir competitividade, o que estava comprometida pela globalização.

 Uma das medidas tomadas que se destacou foi ampliar áreas de profissão nas quais as empresas podem contratar pessoas temporariamente sem carteiras assinadas. Através desta medida as empresas grandes conseguiram diminuir o custo para fabricar o produto graças a mão de obra mais barato. Por outro lado, aquelas pessoas sem emprego também desfrutaram dessa mudança da contratação e conseguiram empregos.

 Quando a economia japonesa estava indo bem, este sistema novo favoreceu tanto empreendedores quanto empregados. Entretanto, uma vez que a economia japonesa piorou, muitas empresas japonesas demitiram esses funcionários temporários para conseguir equilibrar o balancete da empresa, sem se preocupar com as vidas das pessoas desempregadas.

 Há dois tipos de classificações em relação aos funcionários no Japão atualmente : um é funcionário com carteira assinada ( seishyain ) e outro é funcionário sem carteira assinada ( hi-seishyain ).

 Entretanto, há outras designações para os dois : Seishain é Kachi-gumi que significa grupo de vencedores e Hi-seishain é Make-gumi que significa grupo de derrotados.

 Como aqui no Brasil, por um lado, Kachigumi tem estabilidade financeira e salário mais alto, por outro lado, Makegumi não tem estabilidade nem salário alto. Aliás, os funcionários que pertencem a Makegumi podem ser demitidos a qualquer momento.

 Na verdade,os nipos-brasileiros foram a primeiros alvos a ser demitidos por causa desse sistema de contratação introduzido no final dos anos 90 no Japão, quando ocorreu a crise econômica em 2008. A crise era tão grave que muitos japoneses também foram demitidos logo depois.

 Antigamente a grande maioria do povo japonês pertencia à classe média. A proporção das pessoas que pertenciam à classe alta e à classe baixa era bem pouco. Porém, esse quadro de classes sociais mudou completamente de 15 anos para cá.

 O Japão deixou de ser aquele país que tem a menor desigualdade social.

  Ao contrário da situação no Japão, parece que a desigualdade social no Brasil está diminuindo cada vez mais graças ao bom desempenho da economia brasileira. Entretanto, como o Brasil foi um dos país que tem a maior desigualdade social do mundo, apenas pode-se dizer que o problema ficou menos pior.

 Acho que todos os pais têm fases prósperos e fases decadentes que nem pessoas que têm fases bons e fases ruins ao longo da vida.

 Neste momento, o Japão está enfrentando a maior crise causada pelo maior terremoto nos últimos cem anos. Acredito que o Japão está na pior fase após a derrota na segunda guerra mundial.

 Entretanto, com certeza absoluta, o Japão vai se revitalizar com esforços e dedicação do povo japonês. Eu acredito nisso do meu fundo do coração.

;)

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