domingo, 18 de agosto de 2013

Por que os brasileiros superestimam seus níveis!?


  Ao caro leitor

  Você sabe avaliar seu nível "intelectual" de maneira objetiva?

  Sim!? “Eu sou super inteligente e habilidoso em tudo!”

  Você está me dizendo isso baseado em quais dados?


  Perguntando aos alunos sobre quais profissões eles almejam no futuro, muitos alunos citaram as profissões promissores tais como médico e procurador, que exigem conhecimentos de alto nível.


  Se um aluno que tira notas boas na prova de japonês falasse isso, eu entenderia o desejo dele e acharia que teria muita possibilidade de realizá-lo.Caso contrário,eu fico com um símbolo de interrogação ( ? )  na minha cabeça e penso seguinte.

 “Será que ele está falando sério?”

  Na minha opinião, um desempenho em uma área determinada não tem “quase” nada  a ver com desempenho na outra área.Isso quer dizer que ter dom para aprender idioma estrangeira não influencia para desempenho na área diferente como estudo de medicina.E vice-versa.

  Eu digo isso porque eu já conheci vários alunos advogados ou médicos que demonstraram desempenhos inferior à média na aprendizagem da língua japonesa.Contudo, o que você acha que estava em comum entre esses alunos?

  Idade acima de 27, 28 anos!!

  Eu sinto muito lhe dizer o seguinte. Só que infelizmente a idade é um fator importantíssimo que determina o desempenho da aprendizagem de um idioma por parte de um aluno.

  Quanto mais novo aluno começa a estudar um idioma, é melhor. (Apesar de que eu sou contra o início do estudo de inglês a partir de quinto ano na escola de ensino fundamental, como eu já tratei num post. )


  No entanto, isso não quer dizer que não vai conseguir aprender um idioma estrangeira passando essa idade.O que eu estou querendo lhe dizer com isso é que uma pessoa acima dessa idade às vezes sofre mais para se adaptar ao novo sistema de linguagem, já que tem uma cabeça dura no qual um sistema de linguagem já está bem instalado.O arma que a pessoa nessa faixa etária utiliza é sua sabedoria e seu conhecimento adquirido ao longo da sua vida, apesar de que é isso que atrapalha o aprendizagem do novo idioma.

  Então, tirando esse fator "idade", talvez um desempenho na aprendizagem de um idioma tenha a ver com o desempenho na outra área.Eu não sei te dizer.

  Bom.Voltando ao assunto inicial, por que será que há muitos brasileiros que sonham alto?

  Porque os brasileiros são otimistas em geral e sempre têm expectativas para futuro?

  Talvez sim.

  Entretanto,eu acho que a maior razão para isso seria falta de provas objetivas nas escolas e falta de incentivo para educação tanto por parte dos pais quanto por parte dos professores das escolas.

  Eu tenho impressão de que geralmente os pais brasileiros não puxam orelhas dos seus filhos para eles estudarem matérias escolares e fizerem temas de casa.E os professores brasileiros não estão nem aí, já que bons desempenhos dos alunos não fazem com que seus salários aumentem.


  Bah! Você nem pode imaginar quanto minha mãe me cobrou estudo quando eu era criança.Ela me obrigava a estudar,enchendo meu saco todos os dias.

  Eu era razoavelmente bom aluno quando estava até terceiro ano do ensino fundamental.No entanto, como eu não estudava praticamente nada em casa, minhas notas foram caindo cada vez mais com o passar do tempo.

  No dia em que eu recebi o boletim do primeiro quadrimestre do quinto ano do ensino fundamental,  minha mão viu o pior resultado até então e ficou furiosa e me criticou comparando com os outros amigos meus que tiravas notas melhores, até que eu prometer estudar em casa.

  Foi um dia muito humilhante para mim e eu não tinha como não chorar por ter recebido tantas críticas naquele dia.

  Então, a partir do segundo quadrimestre, eu me esforcei bastante como eu prometi. Aí eu comecei a tirar só nota 10 nas provas e ganhei o melhor resultado no boletim.

  Como o professor responsável da turma divulgava nomes de quem tirou nota 10 nas provas na hora de devolver as provas aos alunos, eu fui me destacando na turma e eu fui até eleito como líder da classe.


  Para incentivar ainda mais meu estudo, minha mãe adotou o sistema de me dar 100 ienes ( 2 reais ) cada vez que eu tirava nota 10 nas provas, na época no qual a minha mesada era de 700 ienes ( 14 reais ). Eu ganhei muito dinheiro extra graças a essa sistema.

  Eu fiquei feliz sobre bons resultados nas provas e admiração recebida pelos amigos.No entanto, o meu maior motivo para estudo foi pela pressão da minha mãe.Eu não estudei por própria vontade.Eu estudei só para corresponder às expectativas da minha mãe, ou melhor, vingar a minha mãe que me criticou tanto por meio das notas boas nas provas.

  Sei que ela fez isso pensando bem em mim.Mas, eu não sei se minha mãe fez coisa certa ou não.

  No Japão, pelo menos na minha época, havia 3 níveis de avaliações no boletim até quarto ano do ensino fundamental : Bom ( 良い ),Regular ( 普通 ), Precisa-se de mais esforço ( 努力しよう ).

  E a partir de quinto ano, havia 5 níveis de avaliações no boletim.5 é a melhor avaliação e 1 é pior avaliação. オール5 ( All Go ) significa que tira avaliação 5 em todos os materiais inclusive educação física, arte e música.


  Essa avaliação é a avaliação comparativa ( 相対評価 ). Ou seja, mesmo que você tire nota boa nas provas, se outros colegas tirarem notas melhores, você vai receber nota 2 ou 3 no máximo.

  A proporção de cada avaliação seria seguinte. 5 ( 7% ).4 ( 24% ).3( 38%).2 (24%). 1(7%).

  Como tinha 40 alunos numa turma na época, apenas 2 ou 3 alunos poderiam receber avaliação 5 para cada material no boletim.E essa maneira de avaliação continua até colégio.

  Na época, havia uma controvérsia, na qual deveria adotar a avaliação absoluta ( 絶対評価 )para não traumatizar os alunos pela classificação, apesar de que a avaliação comparativa tem lado bom de incentivar o estudo.

  Eu me lembro que tinha uma prova nacional já no quinto ou no sexto ano do ensino fundamental, através da qual podia avaliar o desempenho geral do aluno. Na escola secundária, além de ter duas provão em cada quadrimestre, a gente tinha que fazer uma prova estadual composto de 5 materiais, no qual o número de candidatos chegava 20 mil.E divulgava os nomes dos primeiros 200 alunos colocados num relatório enviado para todos os alunos que fizeram esta prova.E as notas nesta prova eram muito importante na hora de escolher o colégio que o aluno quer ingressar, já que tem tipo “vestibular” para entrar no colégio no Japão.

  Os colegiais também têm que fazer várias provas.Agora, como os colegiais precisam fazer vestibular para entrar nas universidades, eles fazem as provas nacionais aplicados pelos cursinhos reconhecidos, cujos números de participantes ultrapassam 200 mil.

  Quem fez a prova vai receber a nota chamada de “Hensachi”( 偏差値 ) que varia entre 0 e 100.Com a nota dessa prova simulada, o aluno vai decidir qual universidade vai tentar ingressar.Para você ingressar na universidade tóquio, que é melhor de todas no Japão, precisaria de 70 no mínimo.


   Deu para entender que “as inteligências “ dos japoneses estão sendo avaliados pelos números desde criança?Tudo está bem organizado para classificar os japoneses.E para ser médico, o aluno tem que tirar mais de 70 nesse sistema de avaliação.

  Quem tirou notas baixas nas provas no ensino fundamental acaba desistindo de sonhar alto, já que ele sabe que não tem como se tornar médico sob a condição atual, apesar de que pode melhor seu desempenho dependendo do seu esforço .

  Pelo que eu estou observando em alunos brasileiros, eles não estão sendo avaliados pelos números desde criança.Por isso mesmo, eles acabam superestimando seus níveis sem saber a realidade.Na minha impressão, eles “começam” a estudar mais sério só no último ano do colégio ou no cursinho após a reprovação no vestibular.


  Os japoneses que sabem seus desempenhos desistem de sonhar muito cedo, enquanto os brasileiros que não sabem seus desempenhos continuam sonhando altos....

  Quem será que é mais feliz?

  A grande maioria dos meus alunos tem vocação para aprender idioma e mostra seu desempenho alto e sua facilidade para aprendê-lo.Só que muitos deles não estudam suficiente contando com sua vocação nativa.

  Quer saber que tipos de alunos que se destacam depois?

  É aquele aluno que dedicou ao estudo durante muito tempo apesar de que não mostrava desempenho tão alto nos primeiros anos de estudo!!!!

  Eu até fico surpreendido com alguns alunos assim que melhoraram muito ao longo prazo.

  O mundo é justo.Deus vai beneficiar aquela pessoa realmente merecida.

  ;)



Comentários
22 Comentários

22 comentários:

Anônimo disse...

Já me surpreendi várias vezes vendo excelentes alunos se tornando analistas judiciários de péssimos alunos que foram meus colegas de faculdade que se tornaram juízes excelentes(não foram poucos exemplos desse tipo de caso, foram muitos). Vejo também pessoas que nem concluiram o ensino fundamental sendo empresários de sucesso.

Anônimo disse...

Continuando o comentário acima: A quantidade de pessoas que se deram bem profissionalmente, dentre aqueles que tiraram nota boa e aqueles que foram péssimos alunos na faculdade tem a mesma proporção(NÃO ESTOU FALANDO SOMENTE DE PASSAR EM UM CONCURSO PARA SER JUIZ, ESTOU FALANDO TAMBÉM DE SER UM ADVOGADO DE RENOME).

Anônimo disse...

A não avaliação dos alunos brasileiros desde o ensino fundamental desestimula muito. O aluno não se vê compelido a estudar, não vê razões para aprender as matérias. Só quem tem algum incentivo dos pais ou vontade própria consegue aprender algo, mas mesmo assim não é nada grandioso, porque os professores simplesmente não se interessam em passar todas as informações aos alunos. Falo isso baseando-me na escola pública.

Anônimo disse...

Eu não entendi a parte de os japoneses que sabem que tem desempenho ruim já desistem, tipo, dai faz o que? Fica com o pensamento que não vai ser nada na vida e ponto final?

Sei não hein, isso é muito relativo, tipo muitos dos caras mais ricos do mundo nem fizeram faculdade. Tipo o falecido Steve Jobs, tem gente que tem o feeling empreendedor.

Uma vez eu li uma pesquisa que pegaram as crianças com os QIs mais altos das escolas de uma cidade, eu acho, e foram ver depois de anos se essas pessoas tornaram pessoas com bons empregos, influentes ou ricas. E não foi isso que aconteceu.

Também tem que ver a dedicação, tenho um amigo que teve paralisia infantil e toca guitarra de tanta persistência. E olha que ele tem dificuldade até para andar, mas na guitarra ele toca melhor que muita gente. Isso me lembrou do guitarrista do Black Sabbath que tem os dedos mutilados desde criança.

Ao mesmo tempo conheci um cara no cursinho que era muito dedicado e que queria fazer medicina na USP, um dos cursos mais concorridos do Brasil. Ele tava fazendo cursinho fazia uns 5 a 6 anos na época, ele sabia tudo era muito inteligente, dava até aula de reforço e já nem pagava mais o cursinho. Mas não passava de jeito nenhum, dava muita dó dele, nem sei que fim deu.

Vixi, e tenho vários amigos que acabaram a faculdade de direito e não consegue passar no exame da OAB..



Anônimo disse...

Meu tio de 82 anos aprendeu inglês nessa idade.Vale lembrar que o autor do blog ainda está aprendendo a língua portuguesa, após os 35 anos.

ImpMontezuma disse...

Desculpa ser mais um que vai discordar da sua opinião XD... Esse sistema Japonês (que é parecido com vários outros países também) é um sistema voltado mais a meritocracia, um sistema que busca recompensar as pessoas que tem um desempenho melhor que as outras... Se por um lado parece muito justo e eficiente, por outro você tem que entender que não tem como isso ser aplicado num país como o Brasil... Esse tipo de sistema funciona bem apenas em situações onde a condição de partida de todas as pessoas esta mais ou menos nivelada... Então ninguém inicia a “competição” com muita vantagem. Como você deve saber o Brasil é um país muito desigual... Não tem como você colocar as pessoas aqui num sistema meritocratico desse, pois as crianças mais pobres não iriam ter condições (menos do que já tem) de competir contra as crianças que estudaram em escolas particulares de melhor qualidade. A politica do Brasil é oposta da adotada no Japão... aqui se fala mais em inclusão social... que é justamente facilitar ao máximo as pessoas a conseguirem entrar numa faculdade de qualidade. Eu sou a favor dessa politica... Mesmo sabendo que ela não é perfeita e gera problemas como você e outros aqui mencionaram. A falta de motivação dos alunos a estudarem mais e tirarem notas melhores é um deles... Mas é das opções que eu vejo a menos ruim. Porém eu tenho que dizer que esse sistema da certo sim... Vou me usar como exemplo ^^... Eu sempre fui mal aluno estudei muito em escola publica e cheguei a quase repetir de ano algumas vezes... Se eu vivesse no Japão eu não poderia almejar nenhuma faculdade de qualidade... Mas depois de um tempo parado eu entrei num cursinho e me esforcei de verdade. Em 1 ano eu aprendi mais naquele curso do que aprendi em 8 anos na escola ^^.. No final eu entrei na faculdade e era um dos melhores alunos.. Com direito a ensinar algumas pessoas com dificuldade e tudo mais... Não estou dizendo que o Japão faz errado... a última coisa que o Brasil pode falar mal do Japão é o sistema de educação... Só estou dizendo que nem tudo que funciona bem em um lugar funcionaria também no outro.

Renato disse...

Sou completamente contra esse sistema de avaliação do Japão. O primeiro motivo de que esse sistema não pode ser aplicado no Brasil, é o fato de que no Brasil a diferença de ensino de uma escola publica para a particular é extratosferica, logo nunca poderíamos sonhar com uma igualdade social no país, pois somente os ricos teriam a chance de entrar na universidade de qualidade. Segundo motivo, eu acho que uma criança não possui conciencia para decidir seu proprio futuro. Eu mesmo quando criança era extremamente agressivo,vivia brigando, fugindo da escola e depredando o mesmo. Minhas notas eram extremamente baixas, por isso reprovei 3 vezes e parei de estudar 1 vez, logo atrasei 4 anos. Ninguém entendia a razão de eu ser assim, pois sou filho de dois intelectuais, meu pai é professor universitário renomado da universidade do espirito santo, alem de ter doutorado e estar indo para o pos-doc, ele lê e traduz 5 linguás (alemão [fluente], francês,italiano,espanhol e inglês). De acordo com meus avôs as notas do meu pai na escola sempre foram muito boas. Minha mãe não é tão genial quanto meu pai, mas é muito esforçada e uma excelente profissional em sua área e atualmente concluiu o mestrado com uma tese que gerou um convite de doutorado na UNB( uma das mais renomadas universidades do pais). Então por que eu era um aluno tão ruim? Não sei dizer ao certo. Minha mãe ja tinha desistido de mim, ela tentou comigo tudo o que sua mãe fez com você, só que comigo não funcionou, eu continuava a não me importar com a escola e tirar notas baixas. Quando eu fiz 16 anos minha mãe me colocou no ensino de supletivo, um sistema da escola publica que faz o aluno completar 2 séries em 1 ano, uma vergonha a escola finge que ensina e o aluno finge que aprende. Bom, mas graças a isso aos 17 anos pude entrar no primeiro ano do ensino médio, e foi ai que meus pais resolveram me dar mais outra chance e me colocaram novamente em uma escola particular de qualidade. Tive muitas dificuldades pois meu conhecimento era muito defasado comparado ao ensino da escola, me esforcei muito e hoje e não reprovei em nem uma série do ensino médio e hoje estou terminando a faculdade de engenharia.

Junior disse...

Muito bom o post.

Sobre os professores, pelo menos em São Paulo, se os alunos alcançarem uma nota boa no SARESP, os professores daquela escola ganham um bônus.

Pelo que vejo os pais dos brasileiros cobram os filhos, mas não supervisionam se a tarefa realmente é feita, os professores também fazem o que podem para ajudar. Porém boa parte dos alunos de escolas públicas vão para escola não para estudar, mas para comerem a merenda ou para os pais receberem alguns auxílios governamentais.

Muitos deles também tem como exemplo que levar uma vida sem estudar, mas usando meios ilegais ou na "malandragem" vão conseguir as coisas.

Além da falta de comando que os professores tem na sala de aula, por parte do próprio governo que proíbe e suspende os professores caso eles sejam ríspidos com os alunos e pelo estatuto, eles não podem nem encostar nos alunos.

Acho que realmente o problema social do país interferi diretamente na educação

Anônimo disse...

primeiro post que discordo de você caro autor, eu reprovei 2 vezes na escola, fui terminar apenas com 19 anos e isso não me impediu de entra na faculdade de medicina, estou no 8 semestre e estou indo bem, cada ser humano tem o seu momento para querer se esforçar.

e achei péssimo o sistema japonês pelo o que você contou, quer dizer que se uma criança e adolescente não se esforçarem no principio de nada adianta ela se esforça no final do ano? é isso mesmo ou entendi errado? nossa achei isso horrível quem fracassou no passado jamais terá uma nova chance?

nossa aqui no brasil tem até velho de 60 ano entrando na faculdade, por fala nisso na minha turma tem um senhor de 45 anos que só teve tempo e condições de estuda medicina agora que sempre foi seu sonho, praticamente em toda faculdade tem algum senhor ou senhora na casa dos 40 anos fazendo faculdade.

nesse post admiro mais o padrão brasileiro, pois você só é um fracasso se quiser,sempre a tempo de mudar,não importa sua idade.

Eduardo disse...

olhem esse nikey e admirem-ohttp://br.noticias.yahoo.com/video/documento-yahoo-paraclimbing-brasileiro-192817329.html

Anônimo disse...

Não sei se foi por barreiras linguísticas mas acho que você não conseguiu se expressar bem neste texto. Não fez muito sentido.

Você acha errado alguém querer melhorar de vida?

Sonhar demais pode não ser muito produtivo.

Mas agir como um derrotado não te leva nem próximo da onde você quer chegar.

Yuki disse...

Obrigado pelos comentários.
Eu não acho melhor aplicar o método japonês de avaliar desempenho do aluno aqui no Brasil.
Porque a situação no Brasil é completamente diferente.
Eu estou explicando por que os japoneses estão com auto estima baixo enquanto os brasileiros estão com auto estima alto.
Fazer uma pessoa desistir de correr atrás do sonho muito cedo não é bom.
Contudo,deixar uma pessoa muito velha fazer curso de medicina também não é bom, já que ele vai exercer sua função durante poucos anos.Se ele estuda na universidade pública,ele está desfrutando imposto pago pelo povo para seu povo.
Quem recebeu este benefício tem dever de contribuir para sociedade o mais tempo possível.
Tudo tem limite.
;)

Anônimo disse...

Entendo seu posicionamento yuki. Penso que um médico rescém-formado de 35 anos é tão útil à sociedade do que um quanto um rescém de 25 anos, um acrescentará maturidade ao desempenho profissional, outro irá ser útil em ser mais um médico no mercado com muitos anos antes de atingir a aposentadoria . Muitos dos melhores promotores que conheci passaram nesse concurso depois dos 35 anos, já alguns outros que conheci e que passaram nesse concurso aos 23/24 anos, são muito imaturos e se acham deuses.

Unknown disse...

Vou citar um aspecto na qual profissão entra e sai do contexto a diferença e você exercer aquilo pra sí mesmo não como algo rentavel. Com tudo existem profissões nas quais se destacam e que podem ser exercidas pelo resto da vida enquanto a pessoa estiver com a mente funcionando em bom estado, por exemplo um físico, ou metafísico, um filosofo, desenhista ou artista em geral, químico, biólogo, nesse caso e como eu disse antes o trabalho em pro da essência do viver e do gostar, acho que provavelmente não deva existir aposentadoria para um físico, para um filosofo ou metafísico, agora quem sabe para um químico talvez ou um biólogo, dependendo da área que atuem pois geralmente pessoas que se especializam nesses áreas ganham a vida lecionando ou seja são professores no contexto eles podem se aposentador da vida de professor mas podem exercer o que seria trabalho em pró de realizações não lucrativas para bem estar de si mesmo ou para solucionar problemas que nos cercam e melhorar a qualidade de vida etc... ou, se temos um suposto matemático, ele se dedicaria em sua grande maioria a essência de ser um matemático iria procurar resolver problemas matemáticos (geralmente agente tem a ideia de que matemática e uma ciência e que e exata e que não há o que esteja errado nela bem pós esta linha de pensamento e incorreta). Nestes exemplos como eu citei acima só funcionaria para algumas profissões em que sua grande maioria exigem praticamente só a mente, uma pessoa talvez não seja velha demais ate os 60 anos desenhando, ela pode trabalhar para si mesma talvez ser um artista aproveitando a vida, ou matemático engajado em resolver os problemas que cercam a matemática trabalhando para si mesmo também em pro de realizações pessoais. Contudo não podemos sair dizendo que um pedreiro talvez consiga exercer a profissão mesmo que goste mas não teria condição física ao chegar idade avançada e por a e vai.(Voltando a lógica habitual). Quando se trata essencialmente do saber de algo ele vem com prática, se praticarmos ou nos dedicarmos muito vamos ter mais chances de obter sucesso naquilo que estamos visando, contudo não tenho certezas se a capacidade de aprendizado se mantém a mesma ao longo do tempo, mas ouviu falar que ate por volta dos 60 anos a nossa mente pode ser desenvolver igualmente quando se desenvolveu no período da infância, desta forma o ditado de "nunca e tarde para aprender algo" continua valendo, ninguém pode desistir de sonhar, pois a vida perde completamente o sentido porem pode-se reduzir também e tenta alcançar aquilo que esta mais próximo e mais fácil assim por diante e ir se adaptando as coisas. Acho que os Brasileiro tem muitos diferentes objetivos na vida, por exemplo todos os meus amigos, que tive ninguém nunca sonhavam, eu perguntava a eles oque vocês querem ser quando crescer, na maioria das vezes respondiam brincando quero ser grande, outros diziam " não sei talvez ganhar dinheiro " " do meu ver a sua grande maioria esmagadora dos adolescente pelo menos os que conheci só estavam interessados em namorar, nem estudavam. Com nada só eu era sonhador o meu sonho desde pequeno foi sempre ser criador de historias não importa a forma( que sonho fácil haha sera? ) com tudo com base neste artigo vejo que brasileiros sonham mais. Mas esse simplesmente não deve desistir por que tirou notas baixas no no ensino médio não sei se e mentira mas sempre disseram que o grande Albert Einstein já tirou notas vermelhas em matemática e era péssimo e se tornou um dos maiores físicos da historia, da pra acreditar nessas coisas talvez isso dependa mais da pessoa mas também não devemos viver ilusões em excesso temos que ser mais realista e olharmos de uma maneira crítica avaliarmos nossa condição e vermos se somos realmente capazes de tal diante do esforço que realizarmos verificarmos se de fato estamos empenhado naquilo etc, etc...

Unknown disse...

Com tudo não sou a favor do método de avaliação na qual os alunos tecnicamente competem entre si sabemos que na vida tudo e uma constante competição mas em algum momento devemos abrir espaço para igualdade e enxerga que outro também a capaz de chegar onde agente chega obviamente com esse método de avaliação seria bem difícil 2 alunos alçarem a nota máxima (ou impossível?! ) Na questão do desempenho da aprendizagem de alguma coisa influenciar em outra se coloca no fator tempo e prioridade, o que o indivíduo iria optar, talvez os 2 igualmente, ou talvez não, citarei o meu caso como exemplo, o que eu devo priorizar na questão do tempo o meu aprendizado de japonês ou o meu aprendizado de outros disciplinas como matemática, ciências em geral ou todas igualmente, se eu me dedicar mas tempo para aprender tal coisa iria aprender mais, se eu dedicar menos tempo iria aprender mesmo do que me dedicando por mais tempo o fator tempo e o crucial tirando o fato de que temos a vida toda para aprender tal coisa de forma independente entretanto para outras não temos a vida toda por exemplo, " não posso mas fazer o programa de intercambio por que não tenho mais 16 anos essa idade minha já passou " Com tudo essa oportunidade não voltara mas na minha vida devido ao fator tempo se eu tive-se me dedicado antes a me informa sobre isso e ter realizado os teste talvez eu tivesse conseguido agora não tem mas jeito (lembrando que isto e só um exemplo de situação em que tempo e o fator chave no aprendizado e o tempo passa as oportunidades também e elas não voltam )...

Cris disse...

Acho que a maioria dos brasileiros concordariam que é importante estudar, tirar boas notas para ser alguém na vida. Entretanto, também estes brasileiros também concordariam que nem sempre estudos e boas notas significam uma boa carreira profissional.
Provavelmente você escuta muito dos seus alunos que eles querem ser estes tipo de profissionais, pois no Brasil fazer medicina ou advocacia ainda é sinônimo de status social. Muitos pais sonham que seus filhos sejam, por exemplo, médicos e estes sonhos acabam influenciando os filhos que passam acreditar que esta ou aquela profissão é a melhor a seguir.
Lembro que minha mãe sempre procurou me influenciar para fazer o curso de Direito, chegue até a fazer o vestibular, mas acabei seguindo outra formação acadêmica, pois não queria fazer Direito. No fim, minha mãe não aprovou minha escolha profissional e eu ainda vejo os olhos dela brilharem de orgulho quando sabe que o filho de alguém é advogado.
Mas o voltando ao tema, acho que a questão de seguir profissões como médico ou procurador não acaba envolvendo nivel intelectual, mas dinheiro (paitrocinio) para financiar estudos e para permitir que o estudante fique livre para estudar.
Basta ver as faculdades de medicina no Brasil que são cheia do que chamamos no brasil de riquinhos ao invés de alunos que sempre tiveram bom desempenho na escola.

DeMorais disse...

Yuki, mais uma vez vou usar exemplos pessoais. Primeiro quero dizer que acho que o sistema educacional brasileiro é muito carente, mas acho que as maiores carências estão nos níveis fundamentais especialmente das escolas públicas. Quanto ao sistema de avaliação ele está evoluindo lentamente (talvez lentamente demais). O ENEM é só um exemplo disso (sejamos favoráveis ou não). Dito isso vou contar a minha história: me formei, com 23 anos em engenharia em uma universidade pública, mais tarde voltei a mesma universidade para fazer administração (já trabalhando como engenheiro), quinze anos de trabalho como engenheiro mudei de área para a administração de empresas. Tenho certeza que dei o retorno ao investimento que a sociedade fez em mim durante os anos que estudei. Bom esse é o meu caso. Vou falar novamente dos meus filhos. Eu e minha ex-mulher demos uma educação firme mas sem excesso de rigidez. Hoje o meu filho é o melhor aluno do seu curso de engenharia em uma universidade pública (só tirou conceito A desde que entrou na faculdade). A menina, que é bem mais nova é excelente aluna. Cobramos empenho, mas sem excesso. Acho que o estilo brasileiro, consegue ser um pouco mais “leve” que o japonês, embora reconheça que, no curto prazo, o estilo japonês dê mais resultado.

Joao Tales disse...

Olá Yukipoa.
Eu discordo completamente do seu último comentário acima. Quem disse que uma pessoa que se forma aos 45 ou 60 anos não pode ser útil à sociedade porque "contribuirá menos já que não trabalhará por muito tempo"? No Japão a cultura é diferente, e esse pensamento funciona apenas lá. Morei lá muitos anos e sou casado com uma japonesa, e este tipo de mentalidade é um dos aspectos da cultura japonesa que eu não aprecio (mas gosto de muitos outros). Infelizmente no Japão não existem segundas chances, e exatamente por isso muitos amigos japoneses procuram sair de lá. Você realmente acha que esse tipo de mentalidade levará o Japão para algum lugar no mundo de hoje? É a pergunta que meus amigos japoneses fazem. O mundo de hoje é diferente do mundo do pós-guerra e pré-bolha, e a inflexibilidade que a sociedade japonesa impõe ao destino de seus cidadãos já está cobrando sua dívida, como você mesmo escreveu em outro artigo sobre a perda de competitividade das empresas japonesas. Obviamente existem outros fatores, mas a mentalidade que impede as pessoas de se arriscarem e terem uma outra chance na vida não trabalha a favor de vocês, meu caro. A educação pode ser boa, comparada ao Brasil, mas acredito que mesmo a educação ruim do Brasil segue seu próprio caminho, e provavelmente um dia acharemos uma maneira de nos educarmos. Tenho esperença, contudo, que a chance que o Brasil dá às pessoas que realmente querem seguir seus sonhos crie um ambiente menos propício à falta de perspectiva e o determinismo na vida.

João Tales disse...

Eu não concordo que o brasileiro superestime seu nível, acho que é exatamente o contrário. O brasileiro na verdade tem a tão falada "síndrome do vira-lata", que leva ele a perceber a si mesmo como inferior aos outros (povos). Se você está falando de arrogância, ela existe em todo lugar. A educação no Brasil é ruim, e não existem muitas maneiras de se checar, objetivamente, quem realmente é "bom". Contudo, eu NÃO acho que o sistema japonês é melhor nesse sentido. A "cultura dos exames" que existe no Japão funciona bem até você entrar na faculdade, ou precisar exercer legalmente uma profissão. Por exemplo, é bem conhecido que depois que o estudante passa no vestibular de lá, ela para de estudar. Nas empresas eu notei a mesma coisa. O quê você faz da sua carreira? Eu trabalhei em duas empresas japonesas (Nikken Sekkei e Toda Kensetsu) e percebi que ninguém fazia curso nenhum de nada, até mesmo como hobby. Do que adianta fazer um exame para depois parar de estudar? Até hoje não conheci nenhum profissional japonês da minha área que tenha feito um curso para se aprimorar profissionalmente, como por exemplo estudar uma outra 3a ou 4a língua ou aprender uma técnica nova (fora da empresa). Existe, no máximo, uma reação baseada nas tendências do mercado - "vamos aprender X porque nosso concorrente está fazendo".
Eu questiono o mérito de se fazer exames só para provar que é "bom". Não estou dizendo que o sistema do Brasil é bom, porque não é. É bem ruim. Porém não vejo a simples aplicação de testes como prova de alguma coisa. Ele pode medir, no máximo, que você tem algum conhecimento sobre certa área.
Eu acho muito mais interessante e objetivo você medir o "nível" de alguém através de testes e dos resultados obtidos ao longo da carreira. Uma pessoa "de bom nível" passou em primeiro lugar em Medicina na Toudai? É bom que ela ganhe o Nobel para merecer admiração. Se ao invés disso a pessoa passa o resto da carreira trabalhando para comer, dormir, copular e jogar videogame, então não é diferente do cara de 45 ou 60 anos que "em nada contribuirá porque vai trabalhar menos tempo".

João Tales disse...

Desculpem os erros de digitação, mas são 3 da manhã e estou escrevendo naquela fase alucinógena entre o desperto e o sono profundo. Zzzz...

Anônimo disse...

Ola. Muito ja foi dito a respeito e eu estou de acordo com muitas opinioes.
Ambos os paises tem problemas na area de educacao.
No Japao os pais cobram tanto dos filhos que alguns ate se matam por isso, ijime nao e so de colegas, as vezes as pressoes e sancoes dos pais tambem acabam com o emocional do filho.
Os pais no Br cobram mas nem tanto, pois eles deixam claro que o filho e responsavel por seu proprio futuro. Que quando ficar adulto, tera que fazer a vida sozinho. Entao eles escolhem ser um vitorioso ou um fracassado. Minha mae fez pressao, eu ficava ate doente na epoca de prova, dor de cabeca, fadiga, insonia e perda de peso. Mas superei e ela nao repetiu o mesmo erro com meus irmaos. Brasileiro e positivo sim, pois quem nao sonha, nada alcanca. Quem desiste no meio do caminho, tambem nao chega a lugar nenhum, pro isso temos o habito de persisitir. Acho que os japoneses se esforcam bastante ate se formarem na faculdade, mas depois disso, estudar nunca mais. Diga-se os medicos que na minha opiniao, sao muito ruins, desatualizados, o mesmo os dentistas, nao participam de seminarios nao se especializam. No Brasil os medicos nunca param de estudar para se atualizar. Acho que as pessoas no Japao deviam permitir as criancas serem criancas, viver sua infancia, ao inves de comecar perguntar aos 3, 4 anos de idade o que o filho quer ser, e cedo demais. Incentivar a estiudar sim, cobrar, fazer pressao, nao e legal. O principal seria dialogo, mas isso os pais japoneses nao fazem mesmo!

Nandoskenned disse...

Incrível a preocupação do Yuki em pensar que um aluno que estudou em universidade pública deve retribuir o investimento para a sociedade. Eu nunca tinha pensado dessa forma.
Vou usar meu exemplo pessoal. Eu tenho 22 anos e já passei duas vezes com nota razoavelmente boa em universidade pública. Eu não estudei nenhuma vez para a prova e nem fiz cursinho, eu simplesmente fiz a prova e pronto. A primeira vez foi com 18 anos, a segunda foi com 19. Mas eu não quis cursar simplesmente porque não estava com vontade. Na época, eu queria apenas me divertir, gastar o meu tempo com mulheres, videogame e outras coisas... Eu tinha um emprego de meio-período que eu aceitei só pra conseguir dinheiro pra comprar o Playstation 4, que iria ser lançado em pouco tempo. Qualquer pessoa diria que o meu comportamento foi irresponsável e que meus pais foram irresponsáveis por me deixarem fazer o que queria sem pensar no futuro. Independentemente disso, depois eu fiz o Enem e passei novamente, e atualmente estou cursando a universidade. O motivo pelo qual meus pais não me cobraram nada é pq eles sabiam q eu passaria, e não tem necessidade de ter pressa com essas coisas. A vida é só uma, é melhor aproveitar a juventude do q ficar se matando de estudar e ser infeliz. Eu não sou um gênio, eu apenas aprendi o necessário. Não é difícil passar na faculdade, difícil é se manter lá dentro com boas notas.
Acho que os japoneses se preocupam exageradamente e são muito tímidos. O sistema de ensino no Brasil é uma merda, mas os brasileiros vivem mais felizes porque não precisam se preocupar tanto.

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