sexta-feira, 18 de maio de 2012

Será que tem "Hikikomori" no Brasil!?

  Ao caro leitor

  Você conhece alguma palavra japonesa?

  Sushi, Karaokê, Harakiri..

  Por acaso, você já ouviu falar “Hikikomori”?

  Não!?

  Então, você vai conhecer um termo novo que tem sido reconhecido mundialmente. E infelizmente você vai se decepcionar com  a parte negativo da sociedade japonesa através deste termo.....

  Segundo Wikipedia, Hikikomori é um termo de origem japonesa que designa um comportamento de extremo isolamento doméstico.

  Os Hikikomori são pessoas geralmente jovens entre 15 a 39 anos que se retiram completamente da sociedade, evitando contato com outras pessoas.


  Não existe dados estatísticos a respeito de número de Hikikomori no Japão. No entanto, dizem que há entre 1.6 e 3 milhões de Hikikomori no Japão.

  3 milhões!???? Quase dobro da população de Porto Alegre está em casas sem fazer nada!? É desperdício e tanto para o país,ne?

  Quando eu viajei ao Japão em janeiro do ano passado, eu visitei a casa do um dos meus tios com dois objetivos.

  O primeiro objetivo era para recuperar o relacionamento perdido com parente e começar a reconstruir o  vínculo com parentes.

  Na verdade, depois da morte da minha avó, os meus parentes não se reuniam mais na casa do avô no ano novo como antes e eu não via o meu primo ( o filho mais velho do meu tio ) há quase 20 anos!!

  O segundo objetivo era para ajudar o meu primo que se tornava Hikikomori de alguma maneira ,conversando com ele pessoalmente.

  Tudo isso aconteceu graças a Facebook, com qual a gente se comunicou!!

  Bom. Vou lhe contar um pouco sobre o histórico breve do meu primo. Depois que ele terminou colégio no Japão, ele foi ao Austrália com o visto de “trabalhador” ( Working Holiday Visa ) e morou lá durante um ano.

  Retornando à Japão, ele arrumou um emprego no asilo dos velhos e se sentia feliz em ajudar os idosos lá. Até aí ele era pessoa bem ativa.

  Contudo, como ele quis se especializar na área, ele deixou o asilo e começou a fazer curso técnico numa escola. Foi aí que ele sofreu bullying (いじめ)pelas colegas, pelo que ele me explicou, apesar de não ter contado detalhe.

  Desde então, ele começou a sofrer de transtorno bipolar(躁うつ病). E precisava consultar com psicólogo para manter seu mente em estado normal.


  Ele já tentou a  trabalhar em outros locais várias vezes sob orientação do psicólogo. Entretanto, ele sempre acabou se brigando com as colegas e acabou deixando as empresas apesar de ter a vontade de trabalhar.

  Como já não deu várias vezes, o médico não autoriza mais ele trabalhar em qualquer lugar agora mesmo que ele esteja sentindo-se bem e preparado para serviço.

  Ele é sustentado pelo meu tio aposentado morando junto na mesma casa. Ou seja, apesar de ter 31 anos de idade na época, ele ainda é totalmente dependente dos pais, sem carreira profissional.

  É triste,ne?

  Nesses dias, eu mandei uma mensagem para ele para saber se o plano de trabalhar na empresa de amigo dele 6 meses depois da minha visita deu certo. Aí ele me respondeu que o médico não autorizou e o problema continuava como sempre.

  Uma vez você se cai nessa situação, fica difícil de sair dessa impasse mesmo com a ajudas dos profissionais.

  Antigamente os japoneses sofriam bullying nas escolas e deixavam de freqüentar as escolas e essas pessoas se tornavam Hikikomori posteriormente. Ou seja, eles nunca tinham experiência profissional nas suas vidas.


  Isso ainda existe. Contudo, hoje em dia, muitos japoneses se tornam Hikikomori depois que tiverem a experiência profissional nas empresas.

  Normalmente, eles não conseguem se adaptar aos serviços duros e não conseguem se dar bem com colegas no início. Não aguentando o trabalho no ambiente desconfortável, eles acabam saindo à procura de um ambiente mais light onde tem menos pressão ou cobrança por parte de chefe e colegas.

  Quem já passou por situações difícis fica traumatizado e fica com medo de trabalhar de novo. Assim um pessoa assim vai se tornando mais um Hikikomori....

  Como eu já tratei num post, para você fazer carreira boa no Japão, você precisará arrumar bom emprego numa empresa de primeira linha , no último ano da universidade antes da formação.

  Caso não conseguir, você é obrigado descartar o sonho de trabalhar nas empresas reconhecidas mundialmente tais como Toyota, Sony, Canon,etc.

  Entretanto, isso não quer dizer que você não consegue realizar o seu sonho.Só precisará procurar outro caminho para se dar bem na sua vida.

  Para quem se interessou pela vida de Hikikomori, eu gostaria de lhe recomendar um anime chamado NHKにようこそ(Bem–vindo a N.H.K!)


  A história se centraliza em Tatsuhiro Sato, um jovem de 21 anos, desempregado que abandonou a faculdade. Assitindo este anime, dá para ter uma noção sobre a vida de Hikikomori. Só que eu acho que este anime não está tratando Hikikomori sério, pois o objetivo principal de anime é agradar espectadores.

  Será que existe Hikikomori brasileiro no Brasil!?

  Eu acredito que este povo chama-se “vagabundo”  aqui no Brasil,ne?

  Sim. Claro que há “vagabundo” no Japão também.

  Por último, eu espero que a grande maioria dos Hikikomoris deixe de ser Hikikomori, pois ser Hikikomori não vai trazer nada de coisas boas tanto para sociedade quanto para as próprias felicidades deles.

  E espero que a sociedade japonesa seja a sociedade mais agradável onde cobra menos das pessoas e a sociedade brasileira não seja igual à japonesa neste aspecto.

  E espero que o meu primo se recupere quanto antes para conseguir a vida normal de volta.

 : )



Comentários
40 Comentários

40 comentários:

Marcio disse...

Achei muito interessante que tenha um nome esse estado, porque como disseste, no Brasil se chama vagabundo e muitas vezes, acho que na maioria, a pessoa em questão não é nenhum vagabundo, e é um hikikomori. No Brasil deveriam dar um nome pra isso também para poder ajudar as pessoas que seofrem assim.

Haruka disse...

Eu gosto bastante de NHK ni Youkoso!
Apesar de o anime ser bem humorado, ele não deixa de tratar as dificuldades do protagonista em seguir carreira de alguma forma(e ele tenta muitas vezes). O mangá é um pouco mais sério nesse aspecto (inclusive "explica" as cenas em que os eletrodomésticos falam com ele).

Acredito que hajam mais hikkikomori no Japão porque uma sociedade rígida como a de lá torna as pessoas mais propensas a problemas psicológicos ou instabilidade emocional. Uma prova de que a culpa está na condição psicológica é que existem pessoas com esse tipo de problema em outros países também.

Tenho um primo que está em uma situação, digamos, parecida. Só que ele é bem mais novo, então acredito que o caso é menos drástico.
Normalmente, no Brasil, quando uma pessoa entra em um estado assim generalizamos como depressão. Não que não possa ser depressão, mas há muitos outros estados psicológicos que possam levar a pessoa a isso. Um deles é o transtorno bipolar, que você citou.

Para viver bem no Japão você tem de ter a mente e o psicológico muito fortes, para não se deixar afetar com esse tipo de problema, e saber lidar sem se prejudicar. Nem todas as pessoas são capazes de suportar esse tipo de situação, e acho que é por isso que há tantos hikkikomori por lá.

brenda disse...

acho que eu sou hikikomori

Diana disse...

hikikomori no Brasil seria definido pelos psicólogos como Depressão, podendo variar conforme o caso. A pessoa fica sem ânimo pras coisas e não quer se relacionar com outras, muito menos sair de casa.

Victor Tufani disse...

No Brasil é muito menos comum, em grande parte pelo fato de sermos latinos, e naturalmente as pessoas lidarem melhor com a exposição e relação com outras pessoas.

Aqui o que pode levar uma pessoa a ficar isolada em casa é a depressão e baixa auto-estima.

Pedro de Morais disse...

Olá Yuki.
Confesso que não conhecia este termo em japonês, mas me enquadro em todos os sintomas.
De terça para quarta-feira desta semana eu dormi 17 horas por exemplo, e durmo sempre de maneira irregular, não me alimento direito, não me organizo e tão pouco cuido da minha higiene como deveria. Não tenho emprego, não estudo, me afastei dos meus amigos e raramente os vejo. Não tenho nenhuma perspectiva de vida.
Diferente do seu primo que ainda mantem as redes sociais, eu apaguei e deletei todos os meus contatos, partes por vergonha.
Você citou o transtorno bipolar dele, pois existem outros quadros clínicos que também causam este tipo de comportamento, como depressão, distimia e personalidade esquizoide.
Ao contrário de várias pessoas neste quadro, eu não faço abuso de nenhuma substância, e tão pouco me medico.
Apesar de no Japão existir sempre uma expressão enfática para a descrição de determinados comportamentos, saiba que eles também são muito comuns em outras sociedades, seja a síndrome de Minamata ou o Karoshi.
Continue com seus posts, por incrível que pareça aqui é um dos únicos lugares onde eu ainda me comunico.
Abraços.

prog disse...

Eu já conhecia! A sociedade japonesa é realmente muito dura.

Mas e se a família deles não os acolhessem? Eu, por exemplo, não posso me dar ao luxo de ficar assim. Eu sou sozinha no mundo, não teria ninguém para me sustentar. Eu iria morrer de fome antes mesmo do aluguel vencer!

Yuki disse...

Obrigado pelos comentários.
Na verdade, eu posso me tornar um Hikikomori a qualquer momento, sem esforço.
Porém, eu sei que a vida como Hikikomori não tem nenhuma graça.
No final das contas, nós não podemos viver sozinho.
Precisamos viver ajudando os outros e recebendo ajudas dos outros.
Por isso mesmo, eu procuro me esforçar para não me tornar Hikikomori.
Nós precisamos aceitar como nós somos.
Pensamento positivo,ne!!
;)

Anônimo disse...

Parabens pelo blog, é muito bom! Eu amo muito o Japão e a cultura em si..adorei o blog, foi indicado por um amigo.aprendi muita coisa legal,parabens!!!

Anônimo disse...

ja tive depressao infelizmente

Celeste disse...

Oi tudo bem?
Não sabia que bullying acontecia com pessoas e colegas já adultos e em área de trabalho no nível de deixar uma pessoa tão traumatizada.

Não deixa de ser uma contradição uma sociedade que valoriza não pertubar em hipotese nenhuma o outro ter esse problema.


Acho que o Brasil tem menos disso, visto que as pessoas costumam procurar mais por ajuda e tentar falar dos seus problemas com os outros. Não há tanta vergonha de se expor.

Espero que o seu primo consiga retomar sua vida normal. Seu apoio e de familiares serão importantes.
Aqueles velhinhos que ele ajudou devem sentir muita falta dele. Ele certamente fez uma grande diferença na vida deles. Talvez seu primo não tenha dado a devida importância a esse fato .

Celeste

Gaivota disse...

Eu não acho que voce vai se tornar hikikomori!

Como seria possivel se voce da aulas e interage com varias pessoas?

Se há tantos assim no Japão, como ficara a situação deles quando ficarem mais velhos? Quem irá ajudá-los?
Existe algum trabalho do governo ou associações para reverter um pouco essa situação?

Tudo de bom

Gaivota

Yuki disse...

Obrigado pelo comentário.
No Japão há muitos professores afastados dos trabalho por causa da depressão hoje em dia.
O fato de dar aula não tem muito a ver com Hikikomori.
Há empresas e escolas onde arruma psicólogos para funcionários e professores hoje em dia.
Como está ficando difícil de trabalhar,ne?
;)

Beatriz disse...

Eu ja vi esse Anime, mas acho que ele não é tão Hikikomori, pois tem alguma comunicaçao com pessoas e mae. Sai na rua e encontra colegas.

ja li que os hikikomoris não saem dos quartos, não falam com familiares e não querem ser vistos. Ate para amigos virtuais de longa data eles não mostram o rosto nem em fotos! Isso é verdade?
valeu

Eduardo disse...

Então o concurseiro é um hokinori?Concurseiro é uma pessoa que se dedica a estudar única e exclusivamente visando passar num concurso público para ter um emprego público e em troca disso abstém-se de seus contatos pessoais, dorme de forma irregular e se isola do mundo, chegando a estudar 12 horas por dia.

Renato Kunz disse...

Muito bom o tema Yuki, parabéns pelo post.
Pelo que vi no seu texto este quadro é resultante de Bulling no trabalho. No Brasil existem diversas campanhas contra o assedio moral no trabalho, o caso é tão comum e frequente que se você digitar a palavra assedio no Google ele já te oferta a frase "assedio moral no trabalho". Talvez não haja tantos casos de hikikomori no Brasil quanto no japão,talvez por todas essas razoes citadas nos comentários acima, mas creio que haja sim isso por aqui,mais do que pensamos, talvez o que não tenha seja a devida atenção da sociedade e do governo para o caso, pelo fato de ainda não ter alcançado estatísticas tão altas quanto as do Japão.

mr.takahashi disse...

nasci no Brasil e ate' 8 anos de idade so me comunicava em japones, desde a idade escolar sempre fui chamado de japonesinho e não faltou bullyings, cresci e fui trabalhar,continuei sendo chamado de japones. Ate nas igrejas evangelicas que frequentava eu era o "irmão japones". Vim parar no Japão e aqui vejo preconceito mais forte ainda, sou chamado de gaijin.Nem por isso me senti menor que ninguem, no Brasil eu dizia, sim sou japones e me orgulho disso e aqui no Japão eu digo, sim sou brasileiro e me orgulho muito.

Jéssica S.M disse...

Poxa, aqui no Brasil também tem...
minha irmã quase se tornou uma, ela se sentia até mal ao ir para escola, passava mal, desmaiava...
Mas ela se recuperou!
E hoje ela esta muito bem, e não foram os psicólogos que ajudaram. Ela dormia muito...
A diretora do colégio novo era muito boazinha,e com o tempo, nós sempre insistíamos para ela ir, meu pai e eu levávamos ela na escola,mesmo passando mal, ela ficava lá descansando até se recuperar um pouco... e eu estudava lá...
Eu já me senti mal também, quando fiz estágio pela primeira vez, tive vontade de largar tudo, pq sou tímida demais,
Me sinto muito mal pela minha timidez, mas aos poucos tô sempre lá, e melhorei aos poucos,as vezes eu fracasso, acho que o jeito é insistir, e por na cabeça que mesmo que você falhe, vc deve pensar: hoje eu falhei, mas um dia pode dar certo.

Jéssica S.M disse...

Boa sorte com seu primo, e persistência!

E seu blog está muito bom, continue sempre, amo a cultura asiática em geral.

Lucille disse...

Mr Takahashi

Quando Eu leio alguns descendentes de orientais comentando que se sentiram meio discriminados pelo fato de serem chamados de japonesinhos , Eu lamento o fato de não terem conhecido pessoas que gostam da aparencia oriental!!
No meu tempo de colégio TODO sempre tive esperança de ter pelo menos um na sala e naaaada. Eu achava que ter um amigo ou amiga oriental serio o máximo!! è a vida!

Abraços
Lucille

Anônimo disse...

Conheço um caso peculiar, ou nem tanto...

Um amigo meu virou hikikomori por causa dos pais. Desde pequeno não deixava o filho fazer nada, até quando ele passou na faculdade que ele queria, os pais dele não deixaram ele cursar por que ele teria que mudar para outra cidade e morar sozinho.

Tipo, ele não sabe fazer nada (nem fazer um miojo) e nem se virar sozinho para nada. Quando ele sai, que é raro, os pais tão sempre ligando no celular para saber. Nem namorar ele pode.

Ele nem tem muitos amigos porque os pais acham que nós somos más influências, agora com 30 anos nas costas vive com os pais isolado do mundo.

Na minha opinião os pais tem que criar o filho para o mundo e não para eles.

Jéssica S.M disse...

Mr Takahashi
O que a lucilene diz é verdade...
Eu também sempre quis um amigo japa, acho tão legal, já quis até ser japa, pra mim, japa é elogio.
Pois gosto bastante da cultura de vocês, sem se desfazer da minha claro.

Anônimo disse...

seu primo poderia tentar um emprego de programador pois era comum programadores independentes receberem o trabalho pela internet e enviarem pela mesma.

Assim ele estaria livre de um ambiente hostiul.

Mitsuo disse...

Eu acho que isso é um mal social da geração dos baby busters (geração x) japonesa, filhos dos baby boomers os yuppies. Diferente dos EUAs, a geração pós segunda guerra mundial japonesa teve que erguer o país do zero e dar o sangue para crescer economicamente. Isso fez com que os filhos deles (nascidos no final de 70 e começo de 80), que cresceram em outra realidade econômica (em 90 o Japão já era a segunda maior potência econômica do mundo), foram criados sobre muita cobrança e pressão da geração pós guerra japonesa. Em uma cultura onde os mais velhos mandam e ponto final, um sistema hierárquico extremamente rígido (senpai-kohai) e pelo "tate-shakai" a sociedade vertical onde cada um deve obediência para quem está acima e manda em quem está abaixo. Quem sofre são os jovens, que sobem por tempo de serviço e não pelo mérito ou talento, frustrando e desestimulando o crescimento que tanto foi imposto pelos pais quando criança.

Talvez a soma desses fatores estão tornando essa geração em hikikomori, não aguentando a pressão dos pais, do chefe, da sociedade, dos amigos.. E hikikomori na minha opinião já é uma fase de depressão e pode acarretar em suicídio, um fato muito preocupante no Japão.

Mas acredito que a nova geração japonesa vai superar isso, filhos da geração que sofreu com muita pressão não vai criar seu filho da mesma maneira pois sabe o quão frustrante foi, dando prioridade a felicidade e ao bem estar mental. Ainda mais por influências ocidentais por meio da internet, filmes, músicas e etc..

Anônimo disse...

Nossa, eu acho que sou um Hikikomori!

Julia-Sama disse...

Achei interessante, pois ja via visto em alguns mangás, como em Rozen Maiden.

Acho algo muito dificil de compreender, pricnipalmente pra mim que vivo pensando em como me sustentar, um problema aqui no brasil.

Estou estudando designer, logo se eu virar web designer, vou acabar desse jeito.

Des de pequena não me misturo com outras pessoas. Não sou retraida, pelo contrario sou super simpática e educada, o que atrai muita gente a falar comigo, porem eu não me apego. não sinto vontade de sair de casa hoje em dia, e receio ver pessoas.

mas é a necessidade...

押田 ~龙 disse...

Bem acho que ijime sempre existiu em todo o lugar a diferença foi que a sociedade se deu conta de que isso cauda transtorno para algumas pessoas e deu nome a isso, mas não acho que os mais problemáticos sejam os que sofrem ijime e sim aqueles que cometem atrocidades contra os semelhantes por que cometem? A troco de que? Nao e melhor investigar a raiz do problema já que ele surgiu? Acho estranho a mídia dar mais enfase para os que sofrem o ijime e não levarem muito em conta o quão ou mais problemático e aquele que o comete...

Anônimo disse...

Muito sério isso hein? não imaginava. mas por que os "isolados" não cometem suicídio como os outros que não foram bem sucedidos na vida(apenas uma questão, e não uma sugestão)?

"Eu acredito que este povo chama-se “vagabundo” aqui no Brasil"

Não imagina o tanto que eu ri disso kkkk

Vanessa disse...

Bom, pelo que pude ver, isolamento social muitas vezes deve-se ao fato de que a pessoa desiste de si. Quando uma pessoa chega nesse estágio, ninguém pode resolver nada por ela; apenas a própria pessoa deve redescobrir o seu valor, e essa redescoberta pode não acontecer, se a pessoa se fechar nela mesma... O isolamento que muitos no japão experimentam , é na verdade, uma grande decepção consigo mesmo e com o mundo que os rodeia. Qualquer um de nós tem potencial de virar um hikikimori, basta desistir. A pergunta a ser feita é : porque devo continuar e que bem devo fazer?

Stéphanie disse...

Caro Yuki, infelizmente sei um pouco sobre como o seu primo estava passando. Eu faço tratamento para depressão, que foi consequência da Síndrome de Pânico, e posso lhe garantir que é uma sensação não muito agradável. Você não quer se relacionar com as pessoas pelo medo do mundo afora, o simples fato de pensar me fazia querer chorar e tremer. Queria mesmo é ficar trancada no quarto, deitada na cama e olhando para o teto ou ficar ouvindo música, em sua maioria, deprimente. Creio que conversar com o seu primo foi algo muito bom, pois tudo o que eu mais queria na escola era que algum amigo meu viesse e sentasse ao meu lado, que segurasse minha mão e dissesse "Está tudo bem. Dará tudo certo", o que infelizmente não aconteceu. A arte e a escrita tem me ajudado muito a superar esse momento, que tal o seu primo, se ainda estiver sobre esses efeitos, praticar algo novo e diferente?

Anônimo disse...

Olá. Meu nome é Bruno.

Apesar de nunca ter tido nenhum episódio de depressão, fiquei muito isolado após acabar o ensino médio. Ainda não tinha emprego. No Brasil, não há uma necessidade enorme de arrumar um emprego assim que se forma, mesmo após a faculdade. O meu isolamento foi devido ao fato de eu seu um tanto anti social, até que um dia tive um ataque chamado "transtorno de ansiedade". Depois disso, engordei quase 15 quilos. Minha autoestima foi lá para baixo. Demorei muito para me recuperar emocionalmente, cerca de 2 anos.
Muitas vezes, quando vejo algum anime, vejo como os japoneses tratam a questão de "salvar o Japão" bem a sério. Talvez seja herdado de seus parentes mais velhos, depois da 2ª Guerra, quando a economia japonesa estava em frangalhos. Os japoneses sempre se cobraram de mais, mais do que o estado psicológico consegue aguentar.
Para fim foi um espanto saber o numero assustador de jovens que cometem suicídio por não passar na faculdade direito, ou não realizarem seus sonhos. Creio que os "vegetarianos" sejam uma dessas pessoas que desistiram do estado atual da sociedade japonesa conservadora e estão vivendo para si mesmos. Vamos ver até onde isso vai dar.

Adorei seu Blog.

Bazengard Razecovich disse...

Não é retratado, mas no Brasil tambem há muitos casos de hikikomori, para se fazer uma estimativa nas escolas publicas, de 20 alunos que desistem de estudar (seja por trabalhar, seja por engravidar, etc) 2 deles tendem a se isolar por perda de animo na vida.

Com certeza conheçem alguem que largou a escola e nunca mais foi visto pessoalmente.

Anônimo disse...

Preferia hikkikomori no lugar dos traficantes nas ruas e dos bandidos alias acho que nem tem muita difernça... tirando a vida das pessoas a troco de maconha, cocaina, heroina, ou simplesmente por dinheiro mesmo...

Anônimo disse...

私は数年のために引きこもりでした。それは楽しいではありません。無愛、無性別、退屈、孤独な、我々は存在のこの種を生きることを意味していませんでした。しかし、私たちの一部は、私は選択肢がないように。どちらかそれか私は刑事、自殺、または悪化した可能性があります。私は、'自己監禁'を選んだ。
これは、日本ではここで、現在の社会である。特に教育制度、仕事、社会的道徳観。それは、剛性、あまりに柔軟性に乾杯。それは建前や公共のファサードの背後に人間のその感覚を失ってしまった。特に教育システムのここでリストラがなければならない。それは、戦後1945年に働いていた。しかし、今日我々は別の世界に住んでいます。批判的思考は、学校のカリキュラムを入力する必要がありますように暗記暗記法が廃止されました。エントリ試験を取り除くと新しい大学を構築する。
その後、私たちはもはや隠れに行かなければならないかもしれません。

Tenho sido um hikikomori para um número de anos. Não é divertido. Solitária, chato, sem sexo, sem amor, nós não fomos feitos para viver este tipo de existência. Mas alguns de nós gostam de mim não tem escolha. Ou isso, ou eu poderia ter se tornado um criminoso, cometeu suicídio, ou pior. Optei por "auto-reclusão.
É a sociedade atual aqui no Japão. Especialmente o sistema de educação, trabalho e costumes sociais. É a rígida, demasiado inflexível. Ele perdeu seu senso de humanidade por trás da fachada tatemae ou pública. Tem que haver uma reestruturação aqui, especialmente do sistema de ensino. Ele trabalhou em 1945 após a guerra. Mas hoje vivemos em um mundo diferente. Os métodos de memorização rote são obsoletos como o pensamento crítico deve entrar no currículo escolar. Livrar-se dos exames de entrada e construir novas universidades.
Então, pode não ter mais que se esconder.

Anônimo disse...

A 4 anos sou isolado, não saio de casa para nada. Abandonei a escola no ensino médio quando tinha 15 anos e me isolei.
Esse ano(2016), vou tentar voltar a estudar, mas tenho muito medo de desistir antes mesmo de entrar na escola... Vamos ver o que vai acontecer.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Já fui, não sou mais. Digo isso na maior naturalidade, muitos não assumem que o são.
Acho que todo tímido, introvertido tem uma certa tendência a se tornar.

Anônimo disse...

Acho que depressão e vagabundagem são diferentes, embora bem semelhantes, haha. Eu sou uma hiki a 3 anos, e repeti exatamente 3 anos na escola por isso. Foram mais de 230 faltas. Agora estou com 18 anos e ainda tentando consertar isso. Eu como uma hiki posso dizer que, ao menos da minha parte, esse comportamento é causado por vários fatores. Traumas (bullyng, abuso, rejeição), ansiedade (em excesso), emoções simultâneas (medo das pessoas, raiva, desconfiança...),pressão da sociedade, dentre outras coisas, tudo se resume em coisas que aconteceram no passado e acontecem no presente que fazem com que tememos o futuro, as pessoas, o mundo. É tudo questão psicológica, de fato. Tudo se complica ainda mais quando além da pessoa ser introvertida,desenvolve agorafobia, pavor de sair, o problena psicológico passa a ser físico (falta de ar, fraqueza, tremedeira...) o que piora tudo. Me isolei do mundo e das redes sociais por medo (fracassada nível hard) e até hoje não consigo conversar com as pessoas, pois acabo dizendo coisas sem sentido e passo mal até mesmo na escola, muitas vezes. Já passei muita vergonha tentando me recolocar na sociedade, é ruim tentar algo e as pessoas rirem da sua cara. Mesmo assim, muito do que eu sei hoje foi por ter estudado sozinha em meu quarto, pois não queria ser taxada de "burra" além de vagabunda, hahah... Isso é um grande problema. Ser hiki é ser e agir como você mesmo, sem fingimentos, em sua própria concha, tentando se esquivar da realidade a todo custo. Mas há um grande preço a se pagar por isso...

Anônimo disse...

Acho que me considero como um Hikikomori. Não quero continuar sendo um fardo para meus pais, quero retribuir eles um dia por ter cuidado de mim com muito amor, mas do jeito que as coisas estão, parece que isso está longe de acontecer.
Não consigo comer sossegado, sempre que tem alguém por perto eu começo a ficar desesperado, começo mastigar rápido sem sentir o real gosto da comida se espalhando em minha boca. Pior ainda, quando eu estou na escola e meus amigos me chamam pra conversar, eu fico sem saber o que falar, por medo que eles me achem estranho.
Uffa, acabei esse texto. Vou publicar ele agora.

Haha.

Anônimo disse...

Estou lendo isso 09/12/2018 porque acabou por surgir o assunto com meu marido mais cedo.

O assunto surgiu sem julgamentos sobre o fato de eu estar encaminhando para o total isolamriso cada dia mais.
E ao contrário do que o colega disse em comentacome anteriores, sobre ele não se tornar um porque a vida não tem graça, é algo bem menos consciente do que isso, inclusive é algo beirando o involuntário.

Aqui no Brasil esse fenômeno se enquadra nos casos de depressão crônica, onde em alguns casos como o meu que se assemelha ao NHK, a pessoa ainda sofre de alunicinações/delírios, que se não tiver apoio externo, de familiareres ou médicos realmente se isolara sem remédios ou se suicidara em algum momento desse desse processo.

Eu mesma com ajuda de familiares ja quase acabei morta diversas vezes. A vontade de isolar e parar dores pode ser algo surreal de se entender pra alguém saudável (coisa que eu já fui quando mais nova, entao tenho como me colocar nessa posição). Pra se ter ideia, a dor pisicologica combada com os efeitos negativos do stress no corpo são bem mais excruciantes que dores físicas comuns como cortes, cólicas de baixa a pressão, etc. Se tornam tormentos físicos que causam anciã de vômitos, enxaquecas, alteração da pressão sanguínea, visão falhada etc.

E essas coisas infelizmente não é depende muito do autocontrole das emoções, justamente, explode sem que se consiga fazer algo.

Ou seja, sim, somos pessoas mais fracas e sensíveis a estímulos externos do que a grande maioria.

Mas porque os japoneses ficam vivos nesse estado em vez de se matar?
Talvez eles sejam que nem eu nesse aspecto. Em que aceitaram que os parentes irão preferir a presença de um filho/filha doente/vagabundo na família do que a lembrança de alguém que se suicidou.
Talvez a maioria aqui no blog não tenha tido algum parente querido que se suicidou, mas acredito que e pior do que dar comida e água pra uma ameba como nos, mas que ainda está ali no quarto vivo do outro lado da porta ou que vc vê dia e noite ali com depressão ou esquizofrenia, mas vivo.

Pelo menos comigo assim foi. Toda a minha família pediu para que eu continuasse viva, como hikikomori, mas viva.

Eu praticamente não saio mais, só me higiênizo por influência da minha mãe e marido, e o que faço o dia todo é ficar lendo pesquisas científicas ou estar com meus animais de estimação que é a única coisa que ainda me dedico de verdade.

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