quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que um japonês acha sobre ENEM!?

  Ao caro leitor

  O que você acha sobre Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)?

  Eu acho que iniciativa em si é boa.No entanto, há muitos problemas a resolver tanto na teoria quanto na prática.

  Hoje eu gostaria de lhe apresentar “ENEM” do Japão.

  大学入試センター試験 (Exame nacional para ingresso na universidade) corresponderia ENEM no Japão no sentido de que a grande maioria precisa fazer para entrar nas universidades.

  A abreviação deste exame é センター試験 (Center Shiken). Todos os anos Center Shiken é realizado no primeiro sábado e domingo de janeiro após dia 13 de janeiro. Ah,que saudade daquela época!!


  Quem quer ingressar nas universidades públicas precisa fazer Center Shiken de qualquer jeito,sem exceção.

  Inicialmente quem queria ingressar nas universidades particulares bastava fazer provas aplicadas pelas próprias universidades.No entanto, com o passar do tempo,veio aumentando o número de universidades particulares que utilizam Center Shiken para selecionar candidatos.Hoje em dia, muitas universidades particulares utilizam Center Shiken.

  Quem quer ingressar nas universidades públicas precisa fazer pelo menos cinco matérias principais: japonês, matemática,uma língua estrangeira (inglês,francês,alemão,chinês,coreano), uma matéria de ciência ( física, química,biologia,geologia ) e uma matéria de ciência social (história do Japão,história do mundo,geografia,política e economia,ética).

  Quem quer ingressar nas universidades particulares precisam fazer 3 matérias normalmente.Enquanto quem quer fazer curso de ciência humana faz provas de japonês, inglês e uma matéria de ciência social,quem quer fazers curso de ciência exata faz provas de inglês, matemática e uma matéria de ciência.Porém, tudo depende da faculdade que você quer cursar.

  Cadas matérias são compostos só de questões objetivas e não tem redação no Center Shiken.


  Cada universidade pode utilizar as notas da Center Shiken dos candidatos como quiser.Pode-se dizer que têm quatro maneiras de utlizá-la.

1. Selecionar aprovados só pelas notas da Center Shiken.
   
    Normalmente universidades de nível baixo adotam esta maneira .

2. Selecionar aprovados somando notas da Center Shiken e notas tiradas nas provas aplicadas por próprias universidades posteriormente.
  
   A grande maioria das universidade adota esta maneira.

3. Utilizar notas de algumas matérias da Center Shiken.Só que dá peso a mais para notas tiradas nas provas aplicadas pelas próprias universidades posteriormente.E selecionar aprovados somando todas as notas.
   
  Universidade Kyoto, que é segundo melhor universidade do Japão, adota esta maneira.

4.  Utilizar notas da Center Shiken só para cortar candidatos que não alcançaram notas mínimas.Ou seja,selecionar aprovados só pelas notas tiradas nas provas aplicadas pelas próprias universidades posteriormente.
   
  Universidade Tóquio, que é o melhor universidade do Japão, adota esta maneira.

  Depois que terminar Center Shiken em meado de janeiro, os cadidatos têm que fazer inscrições nas universidades públicas que querem entrar,no máximo duas, sem saber as notas que eles tiraram.

  Sim.Os candidatos não vão saber as notas antes das provas de segunda etapa!! Os gabaritos da Center Shiken vão ser publicados no dia seguinte nos jornais.Portanto,os candidatos conseguem saber mais ou menos suas notas conforme esses gabaritos.

  As provas da segunda etapa vão ser realizada entre início de fevereiro e início de março.Quem for aprovado vai ser comemorado pelos estudantes desses universidades como mostra a foto a seguir.


  Deu para entender como “vestibular” funciona no Japão? É simples e prático,ne? Não têm muitas complicações.

  Diferente do ENEM no Brasil, Center Shiken não serve como certificado da conclusão de ensino médio. A utilidade dele é só para selecionar estudantes aprovados que vão ingressar,apesar de que mesmo quem tirou notas baixas podem entrar na universidade hoje em dia, já que o número de vagas é maior do que o de candidatos em algumas universidades, devido à queda radical de número de jovens no Japão.

  Pelo que eu estou observando, ENEM tem vários objetivos, o que complica em tudo.


  Ministério de Educação quer avaliar os etudantes dos colégios,além de querer que univesidades públicas utilizasse ENEM para seleção dos canditatos para ingressos nas universidades,ne?E a cota para minoria tais como índios,négros e estudantes dos colégios públicos?

  Eu imagino que Ministério de Educação quer oferecer oportunidades para as pessoas carentes em nome de justiça social.Tudo bem.Eu até entendo seu motivo e admiro essa idéia.

  Contudo, eu sou contra esta medida pelas seguintes dúvidas.

  Será que quem entrou com notas baixas só por ser minoria consegue acompanhar aulas nas universidades?

  Se essas pessoas desisirem no meio do curso, aqueles reprovados com notas mais altas são prejudicados, o que seria um desperdício para sociedade brasileira e quem vai se responsabilizar por isso?


  Passar nas universidades públicas é mesma coisa que receber bolsa de estudo no Brasil, já que os estudantes não precisam pagar nem um centavo para isso.

  Entretanto,por incrível que pareça, quem entra nas universidades públicas é de classe média para cima, ou seja, são pessoas que têm condições de pagar mensalidades.

  É uma contradição,ne?

  Na minha opinião, universidades públicas devem cobrar mensalidades dos estudante.Só que as mensalidades têm que ser mais baratos do que as da universidades particulares,senão ninguém vai querer entar mais nas universidades,porque a infra-estrutura da universidade pública é precária na maioria dos casos.

  Em seguida,abolindo essa sistema de cota, as universidades públicas precisam escolher candidatos que tiraram melhores notas, independente das raças e outras coisas, o que é mais justo para todos os candidatos.

  E os universidades publicas devem dar isenções ou descontos das mensalidades para aprovados que não têm condições de pagar mensalidades, analizando caso a caso,como se fosse Bolsa Família.Como universidades públicas vão receber mensalidades dos estudantes ”ricos”, só basta direcionar esse recurso para esses estudantes mais carentes.

  Eu acho que assim é mais justo para todas as pessoas.

  Só que não adianta só melhorar ENEM e ensino superior.

  O governo brasileiro precisa investir mais no ensino fundamental das escolas públicas ao mesmo tempo, com a intenção de diminuir as diferenças das qualidades de ensino entre escolas públicas e escolas particulares.


  Se conseguir melhorar a qualidade de ensino das escolas públicas, pode acabar com cotas por raças ou outras coisas,justificando que eles já recebem ensino de alta qualidade que alunos das escolas particulares têm!!

  Adotar cota é uma medida provisória, o que não vai trazer nada de bom para sociedade brasileira. Para resolver o problema de uma vez, o governo brasileiro precisará resolver o problema de raiz!!Senão,o problema de ensino permanecerá para sempre.

  O que você acha disso?

  ;)

Comentários
23 Comentários

23 comentários:

Aline disse...

Olá,

olha eu aqui, que bom que também acha um absurdo este sistema de cotas.

Vou deixar minha opinião e te contar alguns detalhes que ao que tudo indica você não sabe.

A principio, antes das cotas e do Enem como substituto a prova do vestibular, cada universidade aplicava sua prova, geralmente havia a primeira etapa com prova objetiva, constando todo o conteúdo estudado no ensino médio sem redação e a segunda etapa que era com questões abertas continha somente matérias específicas de acordo com a área pretendida além da redação. O Enem não era obrigatório, sendo um recurso para avaliar o ensino médio nas escolas públicas, só que alunos de escola particulares poderiam faze-lo se quisessem.

Algum tempo depois o Enem passou a ser obrigatório para alunos de escola pública, ainda com a mesma finalidade. De 2006 para cá várias universidades federais começaram a oferecer a oportunidade de substituir a nota da prova de vestibular para a nota conseguida no Enem, com a advento e início real das cotas a maioria das universidades federais substituiu por completo o processo seletivo tradicional pelo Enem, lembrando que o padrão das provas de vestibular tradicional e Enem eram completamente diferentes, inclusive somente agora com esta nova importância que o teste recebeu que ele passou a incluir língua estrangeira.

Resumindo, o Enem foi superestimado sendo utilizado como única ferramenta de seleção em várias universidades públicas, na que eu estudei ainda continua facultativo, você decide se quer usar a nota do Enem ou fazer a prova tradicional no padrão adotado desde que me entendo por gente. Mas muitas universidades importantes e de destaque eliminaram a segunda etapa e deixaram como único avaliador o Enem, o que obriga agora qualquer vestibulando a fazer o exame nacional.

Também acho que as cotas irá reduzir drásticamente a qualidade do ensino nas universidades, já tive por experiência como ver a diferença entre o tratamento de alunos em faculdade particular e pública, é bem diferente, amigo se você for mal e precisar de meio pontinho vai repetir o semestre em 90% dos casos, a não ser aqueles professores excessivamente bonzinhos, e não há nenhuma revisão de disciplinas consideradas de conhecimento de ensino médio não, mas em contrapartida já vi colega meu de faculdade particular com um semestre inteiro no primeiro período para revisar matemática básica, para atender e suprir a deficiência dos estudantes. Imagino que isto se tornará uma verdade nas federais com este empurrão que estão dando.

Acho totalmente válido qualquer pessoa tentar universidade federal, até porque há uma seleção, você não foi empurrado ou pagou propina para entrar lá, conquistou a vaga por seus próprios méritos, e sim é possível estudar sozinho pelos livros durante um ano e passar no vestibular, não para cursos excessivamente concorridos como medicina, mas para os outros é totalmente válido.

Aline Gonçalves

Aline disse...

Outra coisa é que a pessoa tem que planejar o que vai estudar, como vai se alto investir e como irá aproveitar tudo da melhor forma, por exemplo, as bibliotecas públicas costumam ser deficientes de livros e o processo de licitação para compra é lento podendo você terminar a disciplina e o livro novo não ter chegado, algumas vezes em itens e conceitos que você vai usar a vida toda é legal ter o seu próprio material auxiliar para consultas e apoio futuro, em medicina e direito, por exemplo isto é um máxima com certeza.

E o aluno que veio de universidade pública sempre teve todo o apoio do sistema, em cidades universitárias há repúblicas, há bolsas de vale-transporte ou de complementação educacional para os que comprovem renda mais baixa, há os restaurantes com preço da refeição mais acessível, os famosos bandeijões, e em alguns casos você pode até solicitar isenção da taxa para as refeições.

Mas é preciso bom senso, pois a vida universitária não é só aula presencial e livros, tem os cursos auxiliares, congressos, xerox, trabalhos, e se privar disso não é bom, e além disso, esta parte é a suas expensas. Mesmo assim alunos que participam de projetos internos ou turmas organizadas ainda tem o auxílio para viagens podendo solicitar o uso do ônibus da universidade para viajar.

Agora me explica qual é o das cotas, falo com sinceridade, vim de escola pública, sei o que passei o que faltou o que me fez tentar mais de uma vez o vestibular, e foi muito bom, porque com certeza se eu não tivesse feito o cursinho pré-vestibular teria levado bomba no primeiro período devido as minhas deficiências de conhecimento básico, e pior não teria auxílio para aquilo que obrigatoriamente já deveria ter aprendido.

Usei tudo que pude, investir em mim mesma, e se quer crescer colega e ser reconhecido a primeira coisa a fazer é saber separar quando estão te oferecendo ferramentas para competir igualmente e quando estão te dando esmola e te deixando submisso e no mesmo degrau em que estava e pelo visto permanecerá.

Tái o meu desabafo particular sobre o assunto.

E se quer saber, na minha sala somente 5 pessoas de 40 passaram de primeira, ou seja, as outras 35 estavam lá se dedicando a estudar e recuperar o tempo perdido igual a mim, chegando lá na hora da prova com 1 ano ou 6 meses de preparação igual a mim, o governo também deveria ter pensado nisso.

Dedicação e persistência são parte da evolução de quem quer amadurecer, como assim os camaradas tão me dizendo que só agora com as cotas eles decidirão fazer vestibular, o que os impedia de tentar antes, auto-estima, coragem ou preguiça, eis a questão não é...

E como eles vão retirar as cotas depois, pelos direitos humanos aqui vigentes você pode sim utilizar de recursos que acelerem a desigualdade, mas e depois como será mensurado esta igualdade, quando será e quanto tempo levará para isto acontecer, com este método adotado a igualdade será um resultado possível. Os meus questionamentos que talvez nunca tenham resposta pois as cotas só criou um novo tipo de desigualdade nunca terá resposta pelo visto.

Adorei a pauta de hoje, foi conforme o que comentei ontem (ou hoje de madrugada), nem eu sei.


Falou!!!

Aline Gonçalves

Aline disse...

Nossa meus comentários ultimamente estão gigantescos, será eu que estou criativa ou as temas que estão mais interessantes, tchamtchamramram...

Odeio este limite de caracteres de 4096.

Falou!!!

Aline Gonçalves

Joao Tales disse...

Olá Yukipoa san,

Eu concordo que o ENEM é supervalorizado pelo governo, e existe a expectativa que seja a panacéia dos males da educação no Brasil. Entrar em uma universidade pública de qualidade no Brasil ainda é algo elitizado, onde os que tiveram educação paga (não necessariamente melhor, como mostraram os resultados do Pisa) são mais numerosos. Estudei em uma universidade federal e lembro que no início do curso tínhamos menos de 5 estudantes oriundos de escola pública, de um total de 120 novos estudantes. É injusto, e por isto o sistema de cotas, que não é solução definitiva e sim provisória, ao meu ver, deveria ser para as pessoas de baixa renda, principalmente provenientes de escolas públicas estaduais e municipais. A prova estritamente meritocrática é o ideal, mas no Brasil, por enquanto, não resolveria a questão porque o ensino básico e médio é muito ruim. Um aluno de escola pública municipal terá dificuldades em concorrer com um candidato da mesma cidade mas com acesso a um ensino um pouco melhor e aos recursos (de algumas) escolas particulares, como laboratórios, aulas de reforço, mini-cursos extras para vestibular, salas multimídia, computadores, etc. Eu era contra o sistema de cotas, mas hoje eu entendo um pouco melhor a realidade do país, e acredito que ela (o sistema) seja uma solução válida se for provisória, até melhorarmos a educação básica.

* Sou contra o sistema de cotas raciais, principalmente quando o critério é apenas cor. Sou mestiço de índio (minha bisavó morava em oca, mesmo) com branco, e minha pele é morena, mais para escuro quando estou na minha terra natal, a Bahia (devido ao sol, sério, é notável). Onde me encaixo? Quem realmente é negro e quem realmente é índio? Este tipo de pergunta no Brasil é difícil de responder.

Aline disse...

Ups gafe terrificos...

"E como eles vão retirar as cotas depois, pelos direitos humanos aqui vigentes você pode sim utilizar de recursos que acelerem a igualdade ..."

IGUALDADE jisus, quase que contradisse minha própria fala.

Aline Gonçalves

Joao Tales disse...

Oops, notei que escrevi uma frase bizarra: cotas raciais onde o principal critério é a cor...

Deve ser o remédio que tomei!!!

Joao Tales disse...

Oops again...pensando melhor, está certo. É que no Brasil associamos raça com cor, enquanto em alguns países é diferente. Já ouvi pessoas falando da raça "chinesa" lá no Japão. Achei engraçado. Aparentemente notícias do declínio da teoria das raças ainda não chegaram na ásia.

Cromagnon disse...

O engraçado são os negros e pardos que apoiam as cotas raciais, é um tiro no pé,como se afirmassem pro resto do brasil que são inferiores.

Anônimo disse...

engraçado é vc dizer isso! nós ñ vivemos nos USA, infelizmente a maioria da população pobre é de negros no brasil e por isso das cotas, se os negros deixarem de serem pobres automaticamente parte da população brasileira também deixa de ser pobre, pense nisso, e outra- as cotas não são só para negros são para indigenas também. Quando vc entrar em uma sala de alguma universidade veja se ha algum negro lá, e depois me diga se essa situação é mesmo justa...

PS não sou negro.

Cromagnon disse...

Anonimo, então essa lei tem que mudar pra boa parte dos estados do brasil.

No pará, amazonas, maranhão e em vários outros estados do brasil a maioria é descendente direto de índios ou as vezes negros/indios ao mesmo tempo, então como existe discriminação, perseguição e toda essa choradeira? Na Bahia então nem se fala chuto dizer que 90% é negro. Como que em estados onde a grande maioria é índio ou negro os caras podem reclamar de discriminação? por parte de quem?!

Aqui no Paraná e em Santa catarina tem muitos brancos pobres que estudaram a vida toda em colégio publico/municipal e outros tantos que vieram de regiões rurais e só começaram a estudar por supletivos e nunca fizeram movimentos em prol de cotas e mamatas.
Então que a cota seja pra quem tiver baixa renda e não pra quem tiver muita melanina.

Jui disse...

Yuki, sua matéria foi ótima e muito inteligente. Sua ideia sobre universidades e cotas é muito boa, precisamos de mais brasileiros que pensem como você! hehe

Aproveitando o tema, recentemente eu li uma matéria sobre as bolsas de estudo do MEXT, um programa do Consulado Geral do Japão em São Paulo. Ele oferece bolsas para estudantes brasileiros irem estudar no Japão, e oferecem vários recursos como curso de japonês e dinheiro para gastos básicos no país. Você sabe algo sobre esse programa? Fiquei muito interessada, mas não encontrei muitas informações no site deles... Obrigada pela atenção ;)

Anônimo disse...

Cromagnom,nesses estados q vc citou, concorrer as vagas das cotas quando a maioria da população do estado é indio/negro/pardo seria tolice, pois concorreria a algo por volta de 10 vagas apenas quando poderia concorrer pelas outras 35(muito mais chance). Exceto q vc se ache o mais esperto dos excluidos e tenha certeza q não haverá 10 excluidos mais espertos q vc(ou 20 se considerar os 2 semestres).

Unknown disse...

Sempre que posso leio seu blog, e sempre bom saber cómo as coisas são feitas em outros lugares, e gostei muito da sua opinião. Só um dado para reforçar seu raciosínio, segundo as últimas estatísticas no Rio, Cotistas tiraram em promédio as notas mais baixas; por outro lado, não diminúem o esforço, ja que são os que menos faltas tem em sala de aula.

Anônimo disse...

Amigo meu entrou na faculdade pela cota de negros e o cara é branco branco. Ele tem cabelo castanho e liso. Só pq ele tem um parentesco de um bisavô q era negro. E ele não é pobre, ele foi é malandro, ele falou q foi tranquilo q nem pediram p/ provar nada. Senão ele ia levar um documento q ele tem do bisavô registrado como negro.

Daniel shultz disse...

Uma duvida que tenho em relação ao estudo no japão é o seguinte;
Aqui no brasil os cursos mais concorridos principalmente o de medicina recebem alunos de praticamente todas as idades, no japão também é assim? aqui é comum encontrar calouros de 25-30 anos, lá também existe isso ou geral é tudo mais novo?

Yuki disse...

Obrigado pelo comentário.
A maioria entra com 18 anos de idade.
Poucas pessoas entram com 19 e 20 anos,pois os japoneses se importam muito com idades.
;)

SecretX disse...

Yuki, por que você veio do Japão para Cá?

kurtvanhalen disse...

O problema é que se você é contra as cotas no Brasil, te chamam de racista...vai entender...

Guilherme disse...

Apenas um detalhe que notei no seu texto: Você passou a mensagem de que as universidades federais são de menor qualidade do que as particulares.

No Brasil, infelizmente, não é bem assim. As nossas universidades federais (especialmente as focadas em cursos de exatas) são MUITO bem estruturadas, com qualidade praticamente invejável. São poucas as universidades particulares que chegam no mesmo nível. Isso é fruto de uma política de melhoria da educação feito já faz algum tempo.

Para se ter uma noção, em certas universidades federais há links dedicados de acesso a internet com velocidades estupidamente altas, coisa que não existe em praticamente nenhum outro lugar no país.

Nαtαlie Araújo disse...

Olá Cromagnon, sou manauara então posso explicar um pouco da situação, já que moro em um dos estados que você citou. Bom, antes de começar a falar do caso das faculdades federais aqui, quero que você pense numa situação muito comum que eu já observei bastante em comentários na internet, é que os brasileiros (pelo menos a maioria que comenta sobre o assunto) se sentem muito ofendidos quando uma pessoa de qualquer outro país acha que e aqui só tem mato, negros, índios, futebol e carnaval. Porque se ofendem? Devido a fatos acontecidos na história e blá blá blá, estas características são tidas como inferiores, o que não é verdade, que mal há em um país com predominância de Negros e Índios? (só há mal para pessoas que são racistas e que acham que quem não é branco é burro e sem capacidade de aprender, e já vi gente pensando assim na internet, e se diziam cultos) Eu não acho que é obrigatório que as pessoas de outros países saibam tudo sobre o Brasil, mas acaba incomodando devido ao nosso orgulho bobo. Eu falei sobre isso porque sou de Manaus e infelizmente me incomoda (infelizmente por causa do meu orgulho e por causa da hipocrisia de grande parte dos brasileiros) que as pessoas não saibam sobre seu próprio país, bom, como não lhe conheço, infelizmente vou julgar seu conhecimento apenas baseado no seu comentário, de que no Norte a predominância é de índios e Negros, você provavelmente só sabe o que vê na Tv ou em livros, e geralmente tudo que mostra sobre o Amazonas é floresta e índios, o que deixa as pessoas de outros estado alienadas em relação ao que existe aqui, igual como acontece com o que os estrangeiros pensam do Brasil antes de vir aqui, bem, aqui

Nαtαlie Araújo disse...

não tem apenas índios, temos uma grande quantidade de pessoas brancas, daqui mesmo, sem ser de outro estado, se vê muitas por aqui, por exemplo, minha família por parte de pai é praticamente europeia, só não o sendo devido a mistura com árabes, que vieram para Manaus no início do século xx, e por parte de mãe sou descendente de negros e índios, mesmo ela não parecendo, e sua família. Há muitas pessoas brancas aqui, e a maioria das pessoas brancas daqui são ricas, mas há brancos pobres também como no seu estado, não pardos, estou falando de brancos mesmo. Enfim, eu já estudei tanto em escola pública como particular, e é visível a diferença, pessoas de pele mais escura na pública e pessoas brancas predominando nas escolas particulares, que obviamente tem uma educação melhor, resultado: Predominância de pessoas brancas na Universidade Federal daqui!Sim, apesar de a maioria do estado ser descendente de índios, porque índio de verdade só na floresta e não na cidade, os brancos lá predominam, e sim, existe preconceito aqui, de brancos para com os cabocos, dizendo que são feios e sem educação, há diferença no atendimentos em lojas, toda essa discriminação básica ocorre aqui também, e por incrível que pareça, bem mais do que com os negros, que são minoria no estado, negro de verdade é rico aqui, nem os haitianos que vieram receberam discriminação aqui, o que eu achei muito bom, não esperava isso, os misturados com índio é que geralmente são pobres, mas eles sofrem menos preconceito que aqueles que são mistura de índio com branco, enfim, aqui tem mais vaga para ampla concorrência no ENEM, nem com as cotas vê-se tantos pardos na UFAM, há mais nas humanas, agora em direito, exatas, biológicas e da saúde, as vagas são ocupadas praticamente por brancos (e por descendentes de, ou japoneses xD), só não totalmente porque pardos conseguem pelo PSC, outra forma de ingresso na Federal daqui, e pior, em medicina não tem um manauara que passe pelo ENEM, são todos do sudeste e do sul (nem as cotas ajudam em medicina), e com certeza são ricos e que estudaram em escolas particulares, pois pagar passagem, vir morar aqui e ainda ter um bom carro, não pode ter sido oriundo das boas escolas públicas daí, apesar disso, eu também discordo das cotas, cada um deveria entrar por seu mérito, eu não consegui ingressar na federal apesar de ter tirado nota maior que outras pessoas que entraram por cota, mas no momento, as cotas resolvem um pouco, deveria-se melhorar a educação ao invés de se criarem cotas, para nos igualarmos em nível educacional com as pessoas so sul e do sudeste, bom, contei isto tudo para você refletir um pouco, porque eu concordo 100% com você no caso das cotas, mas aqui há discriminação sim, você não vive aqui para saber, por exemplo, meu primo que é filho de inglês, não quis ir em um certo shopping por que lá era lotado de "cabocos", fora outras coisas que escutei a minha vida inteira nos círculos sociais que frequentei, mesmo assim, continuo discordando das cotas, mas elas são um mal necessário, e ah! Aqui não muito movimento em prol de cotas e mamatas não, o povo aqui é muito parado isso sim, raramente lutam por alguma coisa, não sei quais foram os estado que conseguiram isso mas certeza que não foi os do Norte xD
Desculpe o grande comentário Cromagnon e senhor Yuki dono do blog, eu não consigo me expressar em poucas palavras, defeito meu.

Nαtαlie Araújo disse...

Corrigindo: Onde está escrito "e sua família", lê-se como "e sim sua família".
Guilherme, concordo com você, aqui no Brasil é ao contrário do que acorre em outros países, a federal é melhor que a pública, e sinto dizer, com pessoas mais "estudadas" também (para não usar o termo inteligente, pois se esforçando cada um pode vir a ser, com exceção os gênios, que são inteligentes desde pequenos),pois eu estudo em faculdade particular e vejo bem a situação, coisas básicas de ensino médio as pessoas não sabem, entram no semestre seguinte e esquecem de tudo, mais da metade não se demonstra interessada em aprender (eu faço enfermagem), e olha que meus dois últimos anos do ensino médio foram em escola pública, e lá, apenas quatro se interessam em estudar de verdade no meu 3º ano, me incluindo, eu aprendi química na pública, enquanto o resto conversava, o professor só dava aula para quem estava interessado, e em enfermagem temos que conhecer a química básica, e o pessoal não sabe, acha difícil, biologia também acham difícil enquanto que para mim é fácil, também vai do interesse da pessoa estudar independente dela ser de pública ou não. E ah! Não passei na pública porque não estudei o suficiente, culpa minha, mas na minha faculdade sou como "caolho no meio de cegos".

Unknown disse...

NEGROS FORAM ESCRAVIZADOS, BRANCOS NÃO

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